quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O que sinto?

O que sinto quando estás por perto? Essa é de facto a questão que me faço vezes sem conta. E a resposta é algo que desconheço, pois o misto de sensações que se abatem em mim não podem ser definidas numa só palavra.
O calor que sinto mesmo estando frio, a vontade de te olhar durante horas a fio, o pensamento que por mais que queira não te consegue afastar.
Pergunto-me todas as noites, será que já estás a dormir? Divago um pouco no que ela estará a fazer às 4 da manhã, hora em que continuo acordado a pensar e hora em que qualquer normal pessoa estaria a dormir.
Quando acordo volto a perguntar-me será que dormiu bem? Como estará hoje? Bonita? Claro que me chamo parvo, como poderia ela não estar bonita? Ela que liberta aquele inocente brilho por cada poro, cada olhar, cada sorriso, cada inspiração, cada palavra ou gesto...
E levanto-me, levanto-me com aquela ansiedade de a ver, de beijar aquela bochecha maravilhosa, já que os lábios a mim não pertencem. E é esse o momento que penso, poderá isto ser meu um dia? Será que aquele coração que outrora bateu por um amor poderá bater hoje pelo meu?
Este é o turbilhão de emoções que exerces em mim, desde a mais bela sensação à mais tenebrosa.
Quero-te a meu lado mas tenho medo, medo que me magoes, medo que me leves este sentimento bom.
Mesmo assim só consigo pensar na tua pele macia, nos teus tenros lábios, no teu beijo.
E só existe uma maneira de te mostrar o que sinto, deixa-me beijar-te, deixa-me mostrar tão belo sentimento.
Quero abraçar-te, quero tocar a tua pele, teus cabelos, o teu rosto.
Deixa-me acordar de manhã e não ter de pensar em ti mas olhar para o lado e ver-te ali, deitada e desprotegida, embalada num sono puro. Ali onde ninguém terá o poder de te perturbar, porque estou aqui, contigo.
O que sinto? Ainda não sei, mas sei que quero ter-te a meu lado, sei que quero estar contigo

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sonho

Chove torrencialmente, olho pela janela e longa vai a noite, bebo o meu whisky velho ao som do crepitar do lume e da chuva que cai numa melodia forte e confortante.
Momento maravilhoso, mas não perfeito, nunca perfeito, não sem estar contigo.
Como era bom este momento na tua companhia, contigo a meu lado a ouvir a bela sinfonia da natureza, os dois aconchegados no sofá, só com a luz natural ou sobrenatural do lume.
Mais um trago do bom velho whisky e novamente o meu pensamento em ti. Penso em ligar a televisão, mas não o faço, percebo que iria arruinar toda a magia do momento.
Contigo, contigo me imagino a tirar a roupa e a correr pelo terraço sentindo as pequenas gotas de água frias a bater na pele, que frio penso eu, frio este esquecido no momento em que me abraças e me pedes um beijo.
Está na altura de colocar mais um pouco de whisky. Deito-me no sofá, a chuva ameaça uma vez mais exibindo a sua grandiosa força.
De repente estás a meu lado, com a água a escorrer pela cara, completamente gelada. Corro para pegar numa toalha enquanto tu tiras a roupa molhada.
Quando chego, vejo-te em roupa interior, encostada à lareira em busca de um pouco de calor. Aquela imagem aquece algo em mim.
Levo-te a toalha, tu enxugas o teu longo e sedoso cabelo, toco na tua pele continua gelada, tiro a camisola e abraço-te na expectativa de te aquecer. Lentamente a tua temperatura vai subindo, a tua mão corre-me o peito, os teus lábios aquecem o meu pescoço.
Instintivamente, começo a explorar todos os pontos do teu corpo, beijamos o corpo um do outro até alcançarmos os lábios.
Sem roupa para despir os nossos corpos completam-se, mas uma claridade começa a abater-se sobre os meus olhos, uma luz cada vez mais forte, estou quase sem conseguir ver até que volta tudo ao normal.
Olho a minha volta nem sinal de ti, olho lá para fora o sol brilha, a chuva não cai e na lareira restam as brasas de um lume outrora vivo.
Foi um sonho, um bom sonho de ti.